Quintino Aires foi convidado de ‘Júlia’ esta terça-feira, dia 15 de fevereiro, e falou abertamente sobre a sua infância, a sua homossexualidade e as tentativas de suicídio.
Quintino Aires começou por revelar a Júlia Pinheiro que teve uma infância harmoniosa e era muito calado. O psicólogo teve uma educação católica desde sempre e até chegou a ser catequista.
Porém, os pais descobriram que o filho era homossexual e reagiram muito bem. O convidado contou que levou o namorado a casa, mas mentiu que era apenas um amigo.
Os pais rapidamente perceberam que havia um caso entre os dois, porque Quintino Aires bebeu água do mesmo copo que o namorado, algo que nunca conseguiu fazer com outra pessoa.
Os progenitores reagiram bem e disseram para o jovem estar à vontade. “Tenho uma gratidão… uma mãe é tanto… que dizer que todas as progenitoras são mães é uma ofensa”, disse.
“Eles disseram-me que ficariam muito tristes se eu não me respeitasse ou exigisse respeito, que isto era sinal que não me souberam educar“, revelou.
O convidado recordou os últimos dias de vida do progenitor. Em lágrimas, lembrou que a mãe, as irmãs e ele acompanharam sempre o pai até ao último segundo.
Sobre ser comentador do ‘Big Brother’, Quintino Aires admitiu: “Não precisava disso, mas não me incomodava”. O psicólogo confessou que se divertia e o que interessava era “a pessoa” dentro da casa.
O convidado voltou a ficar emocionado assim que recordou o momento em que pensou em colocar fim à própria vida. “Aos 29 anos há uma traição que me dói muito e da qual eu não me consigo organizar. Há um planear três vezes a terminar“, contou, deixando a apresentadora surpreendida.
“Tentou-se matar três vezes?“, questionou Júlia Pinheiro. “Planeei. Preparei tudo“, respondeu. Quintino Aires explicou de seguida a razão de não o ter feito.
“Quando as pessoas falam de mim, não sabem nada. Não fiz porque não tenho direito de fazer isso aos meus pais e irmãs”, afirmou.
O convidado emocionou-se ainda ao falar da mãe que sofreu um AVC há 10 anos e não fala. Quintino Aires garantiu que houve” incompetência da médica” e nunca desistiu de ajudar a progenitora. “A vida deu-me tudo, mas não devo nada à vida”, rematou.